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PARQUE DE ESTACIONAMENTO " PIRÂMIDE"

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LOCALIZAÇÃO: Largo da Pirâmide - Oeiras
DONO OBRA: Conselho de Administração da Empresa Municipal do Tejo, Parqueamentos de Oeiras, E.E.M.
FASE PROJECTO: Estudo Prévio
DATA PROJECTO: 2010
ÁREA BRUTA DE CONSTRUÇÃO: 4 427,40m²
ÁREA DE INTERVENÇÃO: 1 475,78m²


EQUIPA:
Coordenador Arq.º Urbanista César Ruivo
Coordenador de Segurança em Projecto Eng.º Carlos Costa

Colaboração:

ARQUITECTURA

Arq.ª Joana Maia
Arq.ª Sara Florindo
Arq.ª Márcia Godinho
Arq.ª Sílvia Alves
Desenhadora Projectista: Paula Amâncio
Secretariado: Manuela Carriço

ESPECIALIDADES

FUNDAÇÕES E ESTRUTURA
: Arquest, Arquitectura, Estudos e Projectos, Lda. - Eng.º Carlos Costa, Eng.º Thomas Gomes e Eng.º João Jesus

ESCAVAÇÃO E CONTENÇÃO PERIFÉRICA: Arquest, Arquitectura, Estudos e Projectos, Lda. - Eng.º Carlos Costa e Eng.º João Jesus

INSTALAÇÕES DE ÁGUAS E ESGOTOS: Arquest, Arquitectura, Estudos e Projectos, Lda. - Eng.º Carlos Costa e Eng.º João Jesus

INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS E TELECOMUNICAÇÕES: A. Cristóvão, Projectos de Engenharia, Lda. - Eng.º Amílcar Cristóvão

SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS: Arquest, Arquitectura, Estudos e Projectos, Lda. - Eng.º Carlos Costa e Eng.º João Jesus

INTRUSÃO, REDE DE DADOS E CCTV: A. Cristóvão, Projectos de Engenharia, Lda. - Eng.º Amílcar Cristóvão

AVAC: Eng.º João Parreiro

INSTALAÇÕES ELECTROMECÂNICAS: Eng.º João Parreiro

CONDICIONAMENTO ACÚSTICO: Eng.º Francisco Martins

COMPORTAMENTO TÉRMICO: Eng.º Rui Alves

SISTEMA DE DETECÇÃO DE OCUPAÇÃO, BILHÉTICA E CONTROLO DE ACESSOS: A. Cristóvão, Projectos de Engenharia, Lda. - Eng.º Amílcar Cristóvão

REDE DE GÁS: Eng.º João Parreiro

PAISAGISMO E ARRANJOS EXTERIORES: Arq.ª Kátia Morgado

PLANO DE SEGURANA E SAÚDE (FASE PROJECTO) :Arquest, Arquitectura, Estudos e Projectos, Lda. - Eng.º Carlos Costa e Eng.º João Jesus

PLANO DE GESTÃO DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO : Eng.ª Nélia Miguel

MODELAÇÃO 3D: César Ruivo Arquitectos - Arq.º César Ruivo

Trata-se de uma candidatura a um Concurso Público para a elaboração do projecto de um parque de estacionamento no Largo da Pirâmide em Linda-a-Velha promovido pela Empresa Municipal de Estacionamento de Oeiras.

O local para implantação é um vazio urbano entre edifícios de habitação colectiva predominantemente de 5 pisos, ladeado a Norte por um volumoso e denso empreendimento com 18 pisos acima do solo – Edifico Pirâmide- que pela sua proeminência veio a emprestar o nome ao local.

O silo é sentido pela população e pelos poderes públicos como uma necessidade que se sobrepõe à de um equipamento de lazer ou cultural.

Esta condição de vazio urbano no presente foi o mote director da intervenção que requeria que a presença do silo-auto fosse o mais dissimulada e mais discreta possível, ou seja, o novo equipamento não surgiria como uma intrusão, para não suscitar aos moradores antagonismos face ao projecto.
Da análise urbanística que efectuámos afigurou-se-nos como condicionantes fortes a merecer ponderação de entre outras:
as características dos acessos rodoviários que em quaisquer das possibilidades determinavam que se acedesse ao Parque por arruamento em impasse;
as limitações altimétricas pela correlação que a implantação do futuro Parque teria com os edifícios habitacionais confinantes a Sul;
a inexistência de ligações pedonais entre o arruamento com a cota mais elevada - a Poente - e o arruamento existente a Nascente;
o reduzido perfil e reduzida capacidade de serviço da rua do topo Poente;

Por isso, considerou-se que o projecto deveria:
 - Ter grande contenção na sua altimetria, reduzindo ao máximo a alteração da topografia do local;
 - Ter uma concepção funcional que assegurasse fluidez e reduzisse as circulações de ida e retorno num mesmo arruamento no que concerne à utilização do parque;
 - O tratamento arquitectónico deveria resultar num volume com geometria simples e, se possível, com uma percepção atenuada quanto ao facto de ser um silo;
 - Melhorar as condições de funcionamento do sistema urbano promovendo acessos pedonais no exterior, colateralmente ao equipamento de modo a ligar a “zona alta” com a “zona baixa”;
 - Não suscitar agravamentos ou novos conflitos em matéria de tráfego rodoviário pelo que a sua concepção deveria assegurar fluidez e evitar que do seu funcionamento se evitem fluxos de ida e retorno.

Para assegurar as condições de integração do edifício no ambiente urbano em que se insere, de entre outras, adoptámos as seguintes medidas: 
 - Desde logo o rebaixamento do piso de cobertura em 0,80cm relativamente à cota do arruamento permitindo tornar menos ostensiva a presença da nova construção, designadamente face às habitações confinantes a Sul;
 - Optar por uma modelação arquitectónica própria de um espaço contentor, um volume puro com paramentos lisos, de cor neutra, com uma pele de betão marcada por uma estereotomia de vários ritmos horizontais gerada por alhetas no betão com diferentes espaçamentos;
 - Tendo presente que a presença do edifício será tão vista e sentida pelo transeunte como de planos de observação que lhe estão acima – a partir das habitações envolventes – procura qualificar-se a presença do edifício, pelo facto de se recobrir parte da sua cobertura com terra e elementos vegetais ao mesmo tempo que se propõe introduzir nas estruturas perguladas uma membrana vegetal de várias plantas (hera e madresilva), fixas numa malha de rede que pende pelos alçados conferindo ao edifício um carácter ecológico e de sustentabilidade que pode ter um efeito pedagógico na própria comunidade local;
 - Quando observado da via pública o edifício oferece duas visões distintas consoante se observa de uma cota baixa ou pelo contrário de uma cota mais elevada. Assim, se no primeiro caso o edifício oferece uma compacidade serena e uma opulência do seu volume no segundo caso a visão que se tem é tangencial e reverberante de verde em substituição da aridez do piso de cobertura quando o estacionamento estivesse vazio, ou de uma policromia metalizada no caso de o piso se encontrar repleto de viaturas;
 - Finalmente, a requalificação da envolvente imediata com a construção das duas escadarias asseguram uma correcta transição com o pré-existente, realçam e valorizam o edifício na sua área de contacto com o solo.