CENTRO DE ALTO RENDIMENTO DE HIPISMO
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LOCALIZAÇÃO: Golegã
DONO OBRA: Câmara Municipal da Golegã
FASE PROJECTO: Estudo prévio
DATA PROJECTO: 2010
ÁREA BRUTA DE CONSTRUÇÃO: 2 619,85m²
ÁREA BRUTA DE INTERVENÇÃO: 7Ha
EQUIPA:
Coordenador Arq.º Urbanista César Ruivo
Colaboração:
ARQUITECTURA
Arq.ª Márcia Godinho
Arq.ª Sílvia Alves
Arq.ª Joana Maia
Arq.ª Sara Florindo
Desenhadora Projectista: Paula Amâncio
Secretariado: Manuela Carriço
ESPECIALIDADES
FUNDAÇÕES E ESTRUTURA: Arquest, Arquitectura, Estudos e Projectos, Lda. - Eng.º Carlos Costa e Eng.º Thomas Gomes
ARRUAMENTOS: Secal – Engenharia e Construções, SA. - Eng.ª Fátima Pereirinha
INSTALAÇÕES DE ÁGUAS E ESGOTOS: Secal – Engenharia e Construções, SA. - Eng.ª Fátima Pereirinha
SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS: Classe A+, Lda - Eng.º Filipe Rodrigues
INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS E TELECOMUNICAÇÕES: Carmeltec, Tecnologia Unipessoal, Lda - Eng.º Carlos Melo
AVAC: Eng.º Luis Inácio
CONDICIONAMENTO ACÚSTICO: Secal – Engenharia e Construções, SA. - Eng.ª Fátima Pereirinha
COMPORTAMENTO TÉRMICO: Classe A+, Lda - Eng.º Pedro Rito
REDE DE GÁS: Carmeltec, Tecnologia Unipessoal, Lda - Eng.º Carlos Melo
PAISAGISMO E ARRANJOS EXTERIORES: Arq.ª Kátia Morgado e Arq.ª Ana Patriarca
MODELAÇÃO 3D – Sintonia Métrica, Lda.
O estudo integra-se num Processo de Candidatura a um Concurso Público de concepção/construção lançado pelo município da Golegã co-financiado pelo Instituto do Desporto, que visa a construção de um centro de alto Rendimento de Desportos Equestres com aptidão para treino e realização de provas hípicas.
Trata-se de um equipamento de âmbito nacional, onde também ocorrerão certames e eventos de diversa ordem tendo como denominador comum a actividade e cultura equestre.
A produção do estudo atendeu ao facto do actual executivo ter desenvolvido nos últimos anos, uma acção concertada na gestão do ambiente urbano em ordem a salvaguardar e repor uma imagem castiça da arquitectura, quiçá marialva, com o intuito de consolidar o carácter e uma “marca” associada à vila da Golegã enquanto capital do cavalo a nível nacional.
O terreno tem uma área de 7,0ha nesta 1º fase, uma geometria trapezoidal, topograficamente plano, e o Masterplan proposto seguiu a implantação geral do Caderno de Encargos pela simples razão de se tratar de um layout já aprovado pelas entidades num contexto em que eram enunciados prazos muito curtos para consecução do empreendimento.
Seguimos assim, o programa fornecido com uma forte preocupação de o valorizar e enriquecer do ponto de vista funcional e de ambiência optimizando ao mesmo tempo o funcionamento dos sistemas de infraestruturas prospectivando a evolução do equipamento no tempo.
Quanto ao conceito e composição plástica adoptada para os edifícios ponderou-se e atendeu-se ao facto de o actual executivo ter empreendido nos últimos anos uma “revolução tranquila” em toda a transformação e reabilitação do edificado que assenta na preservação e exaltação dos valores idiossincráticos da comunidade local, recusando expressamente aventureirismos arquitectónicos que poderiam induzir a desejada contextualização.
Assim, toda a gestão urbanística recente foi superior e politicamente determinada pela defesa de um padrão estético tradicional, resultante da fusão entre diversos elementos da arquitectura mediterrânica e andaluza, pelo que considerámos que a nossa opção neste contexto nunca poderia ser autista de seguidismo de uma expressão de contemporaneidade, como também sempre nos teríamos de recusar à mediocridade de uma atitude mimética face à arquitectura do passado.
O resultado foi uma reinterpretação do carácter da arquitectura e do ambiente urbano da Golegã, mantendo a maior parte dos seus detalhes e características, como a massa, compacidade, escala, detalhes decorativos, mas marcámos a nossa atitude com um corte e uma descontinuidade entre o corpo e a cobertura em todos os edifícios, como que à procura de uma pretensa levitação destas obtendo-se uma expressão que vulgarmente é abarcável pelo que se designa de neo-tradicionalismo.