A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Caldas da Rainha, no prosseguimento da sua acção de apoio social que vem prestando à comunidade, abraçou a iniciativa de proceder à construção de um complexo de Piscinas, com o objectivo de fomentar a formação e preparação técnico-desportiva de modo a responder a uma gritante carência que à data se fazia sentir na cidade.
O empreendimento integrou-se num programa de financiamento público – R.I.I.D. – e contou ainda com o apoio do município. Fomos contactados para este trabalho, o qual teria de decorrer necessariamente sob a égide de uma grande contenção de custos, dada a escassez de recursos o que em si, logo à partida, nos condicionou bastante a proposta em matéria de soluções técnico-construtivas que, assim, seguiu o padrão de construção convencional.
A rigidez de dimensões e de configuração da nave face à geometria do terreno desde logo enformou toda a organização interna do edifício, tendo-se elegido por motivos óbvios, a Rua José Filipe N. Rebelo como zona para a entrada principal.
A concepção arquitectónica teve como principal objectivo dissimular o volume da nave, cintando-o por corpos de 2 pisos em 3 dos alçados, onde se acolhem respectivamente as instalações técnicas, balneários, zonas sociais e administrativas.
A imagem do edifício é fortemente marcado por um corpo porticado apoiado nas extremidades por dois corpos espessos de secção triangular, que reforçam uma imagem de solidez adequada a um equipamento desta natureza, enquanto no restante se procurou uma certa pureza formal, com a adopção de planos de modo a desconstruir o volume principal e a acentuar a horizontalidade do conjunto.
O revestimento proposto para o exterior foi o de mosaico cerâmico que já no decurso de obra, por razões de identidade institucional do conjunto foi alterado para azul, precisamente por ser a cor do quartel pré-existente e contíguo.