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LOTEAMENTO ALQUEIVE DONA BRANCA

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LOCALIZAÇÃO: Cortiçóis - Benfica do Ribatejo
DONO OBRA: Malfeito Ferreira – Investimentos imobiliários, Lda.
FASE PROJECTO: Desenho Urbano do Loteamento/Estudo Prévio dos Edifícios
DATA PROJECTO: 2002
DATA CONSTRUÇÃO: Previsão de arranque em 2012
ÁREA BRUTA DE CONSTRUÇÃO: 32 336,60m²
ÁREA DE INTERVENÇÃO: 90 054,00m²

EQUIPA:
Coordenador Arq.º Urbanista César Ruivo

Colaboração: ARQUITECTURA

Arq.º Ricardo Duque
Arq.ª Joana Maia
Arq.ª Sara Florindo
Desenhadora Projectista: Paula Amâncio
Secretariado: Manuela Carriço

ESPECIALIDADES

ARRUAMENTOS E REDE VIÁRIA:
Arquest, Arquitectura, Estudos e Projectos, Lda. - Eng.º Carlos Costa

INSTALAÇÕES DE ÁGUAS E ESGOTOS:
Arquest, Arquitectura, Estudos e Projectos, Lda. - Eng.º Carlos Costa

INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS E TELECOMUNICAÇÕES:
Eng.º Álvaro Pires

REDE DE GÁS:
Eng.º Álvaro Costa

PAISAGISMO E ARRANJOS EXTERIORES:
Arquest, Arquitectura, Estudos e Projectos, Lda. - Arq.º Telmo Marques 

O loteamento abrange uma parcela de 9Ha que corresponde sensivelmente a 1/3 da área total da propriedade. Localiza-se no concelho de Almeirim entre os aglomerados urbanos consolidados de Benfica do Ribatejo e Cortiçóis, ao longo e do lado Sudoeste do eixo viário estruturante de ligação entre estes aglomerados, dentro do limite urbano e o seu natural prolongamento em zona rural.

Este eixo viário alcatroado e com todas as infraestruturas básicas, serve a frente urbana Nordeste da propriedade numa extensão de cerca de 1300 metros e a regulamentação urbanística para a zona confere a esta propriedade uma função de transição entre uma zona de ocupação urbana de baixa densidade (Cortiçóis) e uma área rural “non aedificandi”. A presente operação urbanística ocupa a zona central da propriedade que integra ainda a Sudeste uma área industrial destinada a instalações agro-industriais e actividades complementares - que se encontram excluídas nesta fase de estudo – e a Noroeste uma zona verde particular que todavia alberga uma ETAR com a respectiva zona de protecção “non aedificandi”.

A presente proposta de ocupação urbana é, no essencial, definida pela presença condicionante da ETAR e pelas seguintes premissas de igual modo estruturantes :

- ocupação urbana de enquadramento com as zonas edificadas de baixa densidade ao longo da Rua Afonso Costa - Urbanização do Alqueive e área urbana consolidada de Cortiçóis;

- adequação da volumetria e implantação da edificação proposta à transição entre o urbano e o rural “non aedificandi” em toda a faixa Sudoeste da área de intervenção;

- manutenção da estrutura viária de malha hipodâmica idêntica à existente a Norte da Rua Afonso Costa, como base da morfologia ortogonal dos lotes das moradias unifamiliares isoladas;

- implantação das áreas de equipamento de utilização colectiva na área definida como zona verde particular da propriedade;

- implementação de um núcleo de cariz mais urbano constituído por duas bandas de habitação colectiva de três pisos com unidades comerciais, localizado no enfiamento da Rua António Baptista, fazendo a transição entre o núcleo consolidado de Cortiçóis e o núcleo de expansão existente da urbanização do Alqueve.

A formulação do desenho urbano irradia a partir do núcleo central (praça/átrio) da urbanização constituído por duas bandas em U de edifícios de habitação multifamiliar e comércio - 3 pisos e cave - que geram uma praça interior de estar com um pequeno jardim e que se perspectiva vir a gerar uma “ centralidade” não só da urbanização que agora surge mas também de todo o tecido consolidado dos Cortiçóis que pela sua natureza eminentemente rural se encontra sub-equipado.

A ladear este núcleo central desenvolvem-se dois quarteirões de moradias unifamiliares de dois pisos, estruturados de forma ortogonal e com disposição simétrica em relação ao conjunto de edifícios de habitação colectiva e ainda duas bandas de moradias unifamiliares isoladas, também de dois pisos, com disposição simétrica e separadas por um corredor verde de ligação à Zona Rural no enfiamento de vistas da praça central e implantadas na faixa de transição entre o urbano e a zona rural a Sul.

Por sua vez, a disposição dos anexos e telheiros propostos nos lotes que confinam com a zona rural a Sul (com cultura de vinha e de paisagem aberta) , permitem criar um cenário urbano equilibrado constituído por cheios e vazios que resultam num discurso orgânico, adequado ao diálogo inevitável com a paisagem rural adjacente.

Após a conjugação de objectivos dos promotores e do corpo técnico do município, com o intuito de se assegurar homogeneidade e equilíbrio no ambiente urbano, foram também desenvolvimento os estudos prévios dos edifícios de habitação colectiva já nesta fase do loteamento, os quais passaram a vincular a transformação futura. Daqui resultou uma arquitectura de traça tradicional, rebuscando e reinterpretando alguns aspectos morfológicos e detalhes caracterizadores existentes nos Solares e outros conjuntos urbanos das Quintas desta zona ribeirinha do Tejo.

Conjuntamente foram desenvolvidos três projectos-tipo de moradias unifamiliares que se oferecerão a título indicativo ou como opção aos futuros adquirentes dos lotes, não sendo impositiva a sua adopção.