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LOTEAMENTO DA QUINTA DAS CORTEZAS

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LOCALIZAÇÃO: S. Domingos, Santarém
DONO OBRA: Angelina & Rodrigues, Lda.
FASE PROJECTO: Desenho Urbano do Loteamento/Projectos de Licenciamento dos Edifícios
DATA PROJECTO: 2000
DATA DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS: 2006
PARÂMETROS URBANÍSTICOS:
Área do Prédio – 201 700,25m²
Área a Lotear - 141 599,25m²
Área de Construção Total – 132 260,87m²
Área de Lotes - 26 265,27m²
Área de Espaços Verdes - 44 752,38m²
Área de Equipamentos - 5 297,00m²
N.º de Lotes - 75
N.º de Fracções - 809

EQUIPA:

Coordenador Arq.º Urbanista César Ruivo

Colaboração:

ARQUITECTURA - DESENHO URBANO DO LOTEAMENTO E ARQUITECTURA DOS EDIFÍCIOS

Arq.ª Sara Florindo
Arq.ª Joana Maia
Arq.º Ricardo Duque
Arq.ª Márcia Godinho
Arq.º João Carmona
Desenhadora Projectista: Paula Amâncio
Desenhador Projectista: Rui Ramos
Secretariado: Manuela Carriço

ESPECIALIDADES - INFRAESTRUTRAS DO LOTEAMENTO

ARRUAMENTOS E INSTALAÇÕES DE ÁGUAS E ESGOTOS:
Jerfi, Lda. – Engº. Francisco Jerónimo

INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS E TELECOMUNICAÇÕES: Enel, Lda. - Eng.º Adriano Soares Lopes e Eng.º Álvaro Costa

REDE DE GÁS: Eng.º Álvaro Costa

PAISAGISMO E ARRANJOS EXTERIORES: Arq.ª Perpétua Almeida

Em 1999 a empresa Angelina & Rodrigues, Lda. adquiriu a Quinta das Cortezas situada dentro do limite urbano da cidade de Santarém, com uma área total de 20,17Ha, dos quais 14,15Ha em zona urbanizável de expansão da cidade, tendo-nos adjudicado a elaboração do projecto de Loteamento e bem assim a totalidade dos projectos de arquitectura dos edifícios que nele se viessem a construir.

O prédio encontra-se regulamentado como zona urbanizável de alta densidade, e por isso comporta edifícios exclusivamente de habitação multifamiliar. A Norte o prédio confina directamente com o sector IV da Urbanização de S. Domingos, que no conjunto representa hoje mais de 2 500 fogos e fracções integralmente construídos.

Do ponto de vista físico o prédio é delimitado a Norte pelo Sector IV, a nascente pelo prolongamento da Av. N.ª Sr.ª de Fátima, a Sul pelo nó da Rua O com o IC 10, e a poente com uma via estruturante da cidade ( Rua O).

Da topografia do local e desta envolvente imediata resultam uma série de condicionantes ao projecto, designadamente pela existência de faixas non aedificandi e sobretudo pelo atravessamento do prédio na sua delimitação a nascente pela adutora da EPAL que corre paralelamente à Av. N.ª Sr.ª de Fátima.

Tratando-se de um território eminentemente urbano, haveria que elencar um conjunto de objectivos de modo a garantir coerência e continuidade à malha urbana contígua pré-existente.

Procurou-se assim, no desenho urbano, assegurar uma qualidade ambiental e urbana assente:

- numa equilibrada repartição entre espaço verde e construído, desafogo de vias, praças e preservação das melhores orientações e dos corredores perspécticos para desfrute das panorâmicas que o local oferece; 
- em conformar o desenho urbano a partir da topografia e enformar o edificado a partir da definição prioritária do espaço público - zonas verdes e praças de recreação colectiva;
- na criação de uma sucessão de espaços de intensa vida colectiva constituída por praças e zonas verdes na sua grande parte acompanhadas por galerias cobertas com comércio, com percursos e uma estreita ligação entre si;
- na procura da homogeneidade na diversidade, assente numa plástica de expressão contemporânea individualizada quarteirão a quarteirão;

A materialização destes objectivos resultou numa proposta em que o ordenamento levou a que:

- se propusesse um corredor verde sobre a zona da adutora, ladeado por uma extensa frente de habitação e comércio a que se pretende dar um tratamento enobrecido;
- cintar toda a urbanização (a Norte, Nascente e Sul) com uma via de largo perfil com uma função mista de distribuição e de recreação, de modo a tornar-se um “passeio público” da cidade;
- eleger como centro de composição o ponto topograficamente mais proeminente, criando no plateau que correspondia ao antigo assentamento urbano da Quinta. Esta praça circular, central, geradora dos traçados interiores da definição dos volumes a construir, origina uma via de distribuição concêntrica e dois sistemas de vias de distribuição paralelas, que se entrecruzam segundo direcções perpendiculares;
- requalificar uma alameda de palmeiras transformando-a numa zona verde e pedonal que faz uma intersecção em diagonal na praça central;
- assegurar uma distribuição de cérceas que se vai elevando de Poente para Nascente, ou seja, do ponto de menor cota para o de cota mais elevada, de modo a acentuar a disposição em anfiteatro da topografia do terreno.
- valorizar a arquitectura que, para além da expressão contemporânea, se caracterizará por um especial cuidado conferido aos embasamentos e coroamentos dos edifícios e à erradicação da tradicional dicotomia entre alçados principais e tardoz conferindo-lhes igual dignidade;
- por razões de conforto e de funcionalidade urbana, assegurar uma correspondência directa entre as densidades de ocupação, de utilização e de estacionamento público.

O projecto foi assim aprovado e emitido o Alvará de Loteamento (6/2001) que contempla 689 fogos e 120 unidades comerciais e de serviços, encontrando-se actualmente construídas todas as infraestruturas.